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O FUTURO É UM MUNDO HACKEADO

Nas tendências sobre o futuro, ultimamente tenho ouvido muito termos como: Biohacking, auto-hacking, habilidade de hackear a vida e que as mudanças dependem do nosso poder de hackeamento. Junto com estes, outros como: "Seja exponencial!", "Seja disruptivo! (que vem da palavra em inglês disrupt = romper)"

Mas no fundo, o que isto realmente quer dizer?

Hacker é um termo que vem do inglês, que define uma pessoa que se dedica com intensidade incomum a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. Graças a este conhecimento, estas pessoas conseguem obter soluções e efeitos extraordinários que extrapolam os limites do funcionamento normal dos sistemas como previstos pelos seus criadores.(wikipedia)

Na minha leitura, estes termos nos falam sobre a necessidade de rompimento com aquilo que estamos vendo que não funciona mais, porém de uma forma, como o termo coloca, "que extrapola os limites do funcionamento normal", e não de uma forma incremental, mas totalmente nova.

Todo mundo já sabe que as coisas estão mudando muito rapidamente, que muitos dos sistemas que usamos para lidar com os acontecimentos da vida estão se tornando obsoletos e que a Inteligência artificial está ai já substituindo muitas das coisas que os humanos fazem. Nesse cenário, a única certeza que nós temos é a incerteza, que as mudanças continuarão acontecendo cada vez mais rapidamente e que não teremos mais tanto tempo quanto tínhamos antigamente para nos adaptar a elas.

E o que devemos fazer para lidar com este cenário e surfar nesse fluxo?

Quais as competências que devemos desenvolver?

Refletindo sobre isto, os pensamentos que me vem à mente são:

Se precisamos mudar o modo como estamos lidando com os fenômenos, devemos procurar saber qual a forma mais eficaz para mudar nossos HÁBITOS.

Hábitos são comportamentos automatizados, fruto da sabedoria do nosso corpo em otimizar gastos de energia com comportamentos repetitivos. Evitar ir na direção de um hábitos ou fazer uma coisa totalmente nova, ativa uma outra área do nosso cérebro e é um processo que gasta muita energia. Por isto, para fazer uma mudança, romper com o que costumamos fazer e fazer novas conexões  precisaremos de ESFORÇO, DILIGÊNCIA, FOCO e ENERGIA.

Neste mundo de muita informação e falta de tempo, foco é uma competência preciosa. Não é a toa que termos como MEDITAÇÃO, MINDFULNESS e ATENÇÃO PLENA estão em tanta evidência. São métodos que nos ajudam a treinar nossa mente a ter mais FOCO ou se quisermos ver por outro ângulo, nos ajudam a treinar nossa mente a ser menos APEGADA a todas as outras coisas que estão acontecendo ao mesmo tempo e que não tem relevância para a direção que escolhemos ir no momento. E quanto menos apegados somos capazes de ser, maior a probabilidade de conseguirmos nos adaptar ao movimento dinâmico da vida que é inevitável. Afinal tudo está em constante transformação o tempo todo.

Além disso, se a sabedoria do nosso corpo, sempre nos leva a otimizar nosso gasto de recursos, o que nos faz querer sair da nossa zona de conforto, mudar o modo como as coisas têm funcionado? A chave, ao meu ver, é MOTIVAÇÃO. Refletir sobre o para que estas mudanças devem ser feitas. Qual o resultado que este novo modo de ser e estar vai gerar? Para que direção você quer caminhar ou você acredita que devemos caminhar? Qual o estado mental/ emocional/ físico/ espiritual que você quer estar e o que você precisa fazer para alcança-lo?

E para você? Refletindo sobre estes pontos, o que surge?